A Passagem de Embermoor é uma vila estratégica situada na encruzilhada de diversas estradas principais que cortam o leste do Reino de Eghateron. A vila ergue-se sobre uma ponte monumental de pedra, sustentada por duas torres altas, que cruzam o rio e conectam as regiões de Campos Baixos e Aron-Mond.
Abaixo da ponte, um complexo sistema de portões mecânicos regula a passagem de embarcações que navegam entre o Lago Morgan, ao norte, e as cidades de Reidfield e Arbrand, a grande metrópole costeira. Essa posição privilegiada garante à vila o controle do tráfego fluvial, a cobrança de impostos e taxas comerciais, e o domínio sobre uma das principais rotas de circulação do leste de Eghateron.

Por muitos anos, a Passagem de Embermoor esteve sob o controle administrativo de Arbrand, mas com o passar do tempo, seus líderes tornaram-se mais suscetíveis à influência de Lundoberg, a maior cidade do leste do reino.
Preso entre interesses políticos e econômicos opostos, Embermoor lucrava com a disputa, transformando-se em um objeto de desejo e símbolo de poder regional.

A vila se divide entre as duas margens do rio, unidas pela ponte-fortaleza. É essencialmente uma comunidade agrícola, habitada por trabalhadores e famílias que sustentam e operam a estrutura da ponte. Ainda assim, Embermoor abriga numerosas estalagens e pousadas, voltadas a viajantes, mercadores e navegadores que frequentemente precisam pernoitar na vila para tratar de negócios ou descansar durante longas viagens.

A constante disputa de influência entre Arbrand e Lundoberg transformou Embermoor em um ninho de intrigas políticas. Mercenários e espiões, financiados por ambas as cidades, vigiam, sabotam e manipulam os acontecimentos locais em busca de vantagem e controle.
Como nenhuma das duas potências pode enviar oficialmente tropas ao local — sob risco de provocar intervenção direta da coroa —, a disputa assume o formato de uma “guerra oculta”, travada nas sombras por intermediários, agentes e assassinos contratados.