Arbrand é uma metrópole litorânea situada no leste do Reino de Eghateron, famosa por abrigar um dos maiores portos marítimos do reino — e também um porto para embarcações voadoras, conectando a cidade à restrita frota de navios aéreos que atracam apenas em algumas cidades de Ivalkar.

Apesar de ser a maior cidade da região dos Campos Baixos e de exercer papel político, econômico, social, industrial e militar de enorme relevância, Arbrand não é a capital provincial, título este pertencente a Dawnland, localizada mais ao norte. A decisão de não elevar Arbrand à condição de capital foi estritamente política, tomada para evitar disputas territoriais com a megalópole de Lundoberg, capital da região de Aron-Mond.
Essa decisão, entretanto, privou Arbrand do prestígio que naturalmente lhe caberia, gerando um descontentamento que perdura até os dias atuais. De tempos em tempos, o prefeito da cidade tenta ressuscitar a pauta e pleitear o título de capital dos Campos Baixos, mas sempre é silenciado pelas autoridades da capital do reino, a Cidade Árvore.

Mesmo sem o título de capital, Arbrand floresceu por mérito próprio. Seu porto colossal é um dos mais movimentados de toda a Baía de Selênya, servindo de porta de entrada ao Reino de Eghateron. Graças à sua posição estratégica e ao acesso facilitado às rotas marítimas, o porto de Arbrand supera em eficiência o de Lundoberg e é o único grande porto da costa leste com tal facilidade de acesso.
A cidade capitaliza essa vantagem, impondo altos impostos portuários e movimentando grandes volumes de carga — tanto com o próprio reino quanto com nações vizinhas, como o Reino de Selênya, e com navios vindos do Mar das Contendas, sejam eles do norte ou do sul.
O intenso tráfego marítimo fez de Arbrand uma cidade riquíssima e autossuficiente, praticamente independente do restante da região.

Arbrand exerce também influência direta sobre a vila da Passagem de Embermoor, um importante entreposto fluvial, estendendo assim seu domínio além das fronteiras urbanas. Contudo, uma guerra comercial silenciosa entre Arbrand e Lundoberg vem enfraquecendo esse controle: Embermoor tem, gradativamente, atendido mais aos interesses de Lundoberg do que aos de Arbrand.
Esse conflito indireto chegou a provocar um bloqueio naval, quando navios militares de Lundoberg passaram a atrasar embarcações comerciais com destino a Arbrand, gerando prejuízos colossais e tensões diplomáticas. A crise só foi resolvida após intervenção direta da coroa.

O povo de Arbrand é orgulhoso, mas hospitaleiro, conhecido por receber bem viajantes e mercadores de todas as partes de Ivalkar. A cidade é um mosaico de raças e culturas, onde humanos, mestiços, construídos e elfos convivem em relativa harmonia.

Em tempos passados, Arbrand foi devastada por um terrível terremoto que destruiu grande parte de suas construções e ceifou centenas de vidas. Reconstruída com pedras brancas extraídas das praias próximas e domos esverdeados que reluzem sob o sol, a cidade renasceu das ruínas como um símbolo de resiliência e prosperidade comercial.

Arbrand abriga ainda a segunda maior sede da Academia de Estudos Arcanos e Engenharia de Ivalkar, superando até mesmo a de Lundoberg, apesar de esta ser uma cidade mais populosa. Os eruditos e arcanistas que ali residem utilizam o porto para receber e enviar artefatos e materiais arcanos por toda Ivalkar, aproveitando o facilitado intercâmbio entre raças e reinos que a cidade proporciona.
É nessa sede da Academia Arcana que se encontram cofres arcanos altamente protegidos, onde são armazenados artefatos mágicos raros coletados em expedições por todo o mundo.